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Iniciado em 2011, o Seminário Urbanismo na Bahia, urbBA[11], constitui-se num projeto que partiu da circunstância comemorativa do dia mundial do urbanismo em 8 de novembro. Buscou iniciar um processo de cooperação entre instituições acadêmicas do estado da Bahia e debater questões cruciais que tencionam a produção e reestruturação do território urbano, hoje.

 

Realizado nos dias 17 e 18 de novembro de 2011, o seminário teve como eixo temático “O direito à cidade, cidade do direito”, entendendo-se que as questões contidas nesse tema deveriam ser interpretadas em seu sentido amplo, incorporando suas múltiplas dimensões, congregando o conjunto de campos de conhecimento e de intervenção que têm na cidade seu objeto privilegiado de reflexão e de ação. Contou com a inscrição de 149 pessoas e foram apresentados 31 artigos, através de comunicações orais distribuídas pelos três eixos de discussão. Juntamente com os movimentos sociais diretamente ligados à questão urbana, foi realizada uma oficina sobre o “Direito à Cidade e a Cidade do Direito”.

 

Em 2012, em sua segunda edição, frente à atual crise urbanística porque passam várias cidades baianas, optou-se por eleger como tema para o urbBA[12] a questão “Produção da cidade e captura do público: que perspectivas?”, por interrogar e ser capaz de articular um conjunto de campos produtores de reflexões sobre os processos e métodos atualmente vigentes nas diferentes esferas do urbanismo e do planejamento urbano e regional.

 

O urbBA[12] visou reforçar as possibilidades de diálogo nesse campo de saber, congregando a produção acadêmica multidisciplinar a essa relacionada, com o intuito de promover a troca e a divulgação das reflexões, pesquisas e experiências em curso no estado da Bahia. O evento ocorreu nos dias 07, 08 e 09 de novembro de 2012, na Faculdade de Arquitetura da UFBA, e caracterizou-se por ampliação estrutural de sua programação, evidenciada pela sua extensa programação distribuída nos turnos matutino, vespertino e noturno. Contou com diversas mesas redondas, compostas por professores de diversas universidades, além de dez sessões de apresentação de trabalhos, com apresentação de 36 trabalhos acadêmicos de diferentes instituições. No que tange à quantidade de inscritos, causou surpresa a confirmação de 696 inscrições, sendo que cerca de 270 pessoas participaram efetivamente do evento.

 

Na terceira edição, em 2013, o urbBA[13] debruçou-se sobre o tema “Cidade contemporânea: utopias, distopias, heterotopias”, e teve como meta dar conta daquilo que o processo de mutação traz consigo, porque acelera, desestabiliza, recria necessidades e conflita o existente; ou seja, possibilidades também ampliadas de descortino e de formulação alternativa ao hegemônico, numa espécie de cultivo de fermento propositivo que equaciona o desdobrar do tempo futuro, sob outras conjugações de interesse, valores e cooperação, enfrentando as mazelas da realidade histórico-social em curso. Potência e latência criadoras e criativas e perspectivas ampliadas de vida social e coletiva nas cidades estiveram no âmago da questão.

 

O evento teve uma alentada programação, que contou com convidados nacionais e internacionais participando de conferências e de mesas redondas. 48 trabalhos foram apresentados durante as sessões temáticas e cerca de 300 pessoas participaram do seminário.

 

O urbBA[14], ocorrido em 2014 e dedicado ao tema “Cidade, urbanismo e urbanidade: construindo conceitos e práticas”, inovou ao possibilitar a discussão de recortes e abordagens que vêm sendo desenvolvidas no âmbito dos grupos de pesquisa institucionalizados nas universidades presentes em território baiano, como forma de interrogar, articular e socializar um conjunto de campos temáticos de produção de reflexões sobre os processos e métodos atualmente vigentes nas diferentes esferas de produção e apropriação do espaço (analógico e digital) das cidades e seus territórios. Portanto, buscou reforçar as possibilidades de diálogo nesse campo de saber, ao congregar a produção acadêmica multi e transdisciplinar a esse relacionada, com o intuito de promover a troca e a divulgação das reflexões, pesquisas e experiências em curso no estado da Bahia.

 

O Programa do urbBA[14] foi composto por diferentes atividades e se destacou pela reunião de diversos Grupos de Pesquisa, com ampla diversidade temática. Foram 27 grupos que se apresentaram durante os três dias de Seminário, representando 13 cursos, de nove universidades baianas. Cerca de 340 pessoas frequentaram o evento em seus 3 dias de realização.

 

Em 2015, em sua última edição, o urbBA[15] teve como eixo central o tema “Direito à cidade: uma nova agenda urbana? Rumo ao Habitat III”, norteador de uma meta audaciosa: construir um documento que será apresentado em outubro do ano corrente, em Quito, Equador, onde ocorrerá o Habitat III, evento da UN-Habitat, que se propõe a discutir uma nova agenda urbana, para guiar a elaboração das políticas públicas dos países, em direção a cidades inclusivas e justas. Operacionalizado sob a forma de conferências, mesas redondas, espaços de diálogos e, sobretudo, grupos de trabalho, o Evento contou com a inscrição de 441 participantes. Foram apresentados 17 trabalhos e, inovando a programação, quatro oficinas foram realizadas, com participação importante e estimulante dos inscritos. A destacar que o Conselho Estadual das Cidades realizou reunião de seu pleno durante o urbBA[15].

 

O crescimento da participação e, consequentemente, do interesse do público nos urbBAs leva a inferir que esse é um evento que se consolida no Estado e sua continuidade torna-se fator importante para desenvolvimento dos estudos no campo da cidade, da urbanização e do urbanismo na Bahia e no Brasil.

 Trajetória do UrbBA

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